GandaM@lhos BTT

A glória não está em não cair…, mas sim em levantar-se sempre…


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EOX 240 … 1.ª tentativa… :-)

EOX 240 é a mais longa maratona BTT organizada em Portugal, que se desenvolve em linha ao longo de 240 km, juntando duas extremidades Este (VV Ficalho) e Oeste (Zambujeira do Mar) deste nosso jardim à beira do mar plantado. Com lotação reservada para apenas 100 atletas, insere-se num conceito de Ultra maratonas de BTT explorado pela empresa Trilhos Vivos, que apresenta no seu leque de provas o SRP 160, e o SUDOEX, sempre desenroladas por terras alentejanas ou algarvias. Provas estas que fazem sempre parte do imaginário de qualquer betetista que se preze.

Perfil da prova

Ora, faltando-me uma serie de parafusos na cabeça…, tenho colocado anualmente uma ultra maratona no calendário, por desafio de superação pessoal. No ano passado 2012, fui “finisher” do SRP160, e este ano pretendia cometer proeza maior e tentar os 240 km.

Desde o principio do ano que tinha empenhado a minha palavra junto de 2 bons e corajosos amigos, para dividirmos as despesas que tal deslocação implica, e também poder ter o indispensável apoio da minha incansável directora desportiva, ao longo do percurso.

Assim, o homem pensa, e obra nasce… e então, no passado dia 14 de Junho rumámos 5 almas no meu bote, até Vila Verde de Ficalho, junto à fronteira com Espanha, bem dispostos, mas ainda sem imaginar como seria um daqueles fins de semana que por mil anos que se viva, jamais se esquecerá.

Secretariado

Secretariado

E a viagem decorreu sempre sob o signo da boa disposição contagiante do amigo Couto e do Kiko, de tal forma que não demos pelos mais de 500 km de viagem até ao secretariado instalado no parque desportivo de Vila Verde de Ficalho. Jantar em Pias, no espectacular restaurante O Adro, e caminha num alojamento de agro-turismo perdido na típica paisagem alentejana, entre estas localidades.

Alojamento...

Alojamento…

Cabe agora aqui confessar que a minha expectativa para a prova não era muito alta, pois a completa ausência de treinos durante os meses de Março e Abril, por lesão, dificilmente me permitiria levar a cabo tamanha façanha, mas tinha a remota esperança de que o percurso fosse macio o suficiente para me poder aguentar no máximo de km possíveis.

Guerreiros

Guerreiros

A ideia que tinha era que qualquer um dos meus companheiros de jornada estava bem melhor preparado que eu, e isso veio logo a confirmar-se logo após a partida pelas 6 horas da manha, não sem que antes, pudéssemos trocar curtas impressões com o pessoal da Ecobike presente, e outros camaradas do Norte.

O ritmo do pelotão foi desde logo bem vivo, tipo maratona, e na tentativa inconsciente de tentar não ficar logo para trás, percebi que estava no meio de um leque de atletas em grande momento de forma…

@ ZA1

@ ZA1

Os meus companheiros de jornada, cedo se aperceberam que o ZeNiGhT, não os iria ajudar grande coisa, e mesmo assim ainda foram tendo a paciência de vir comigo a passo de caracol…, mesmo estando eu a pedir-lhes que se fossem embora no seu melhor ritmo. Para ajudar, a transmissão da KTM, decidiu dar problemas, e foi já com perto de 4 horas que chegamos a Serpa (ZA1), com perto de 60 km percorridos. Esta paragem pretendia ser curta, mas como a minha bike ficou entregue aos cuidados de um mecânico que com dificuldade lá a conseguiu pôr a meter as mudanças, no entanto sem grande precisão, e acabámos assim por perder preciosos minutos.

Avarias

Avarias

Aproveitando as longas rectas na saída de Serpa, lá seguimos sempre com o máximo que eu podia dar, até ao meu “estouro” final por volta do km 110. Por esta altura, o calor ia ditando a sua lei, e a esmagadora tranquilidade da planície alentejana, ia criando fantasmas na minha cabeça… os longos quilómetros debaixo de escaldante sol, a ausência completa de vida humana, e um silêncio atroz, que embelezado por paisagens únicas, tornavam a coisa particularmente diferente de tudo aquilo onde já pedalei…

Por esta altura, já os colegas de jornada, após os meus insistentes pedidos, voavam em direcção a Entradas… (ZA2) ao km 120, para poderem entrar dentro do controlo de tempo.

Entradas, que para mim foram “Saídas”, pois foi cheinho de caimbras nas pernas que ali cheguei e não me restava nada mais do que encostar à boxe, atirar-me para o agradável relvado, e tentar colocar as pernas em condições de pelo menos conseguir andar…em pé… após 8 horas a pedalar…

Entradas... para sair da prova... :-(

Entradas… para sair da prova… 😦

Começa aqui mais uma odisseia que só viria a terminar perto da meia noite…

Amigo KiKo lembra-se de enfrascar quantidade exagerada de coca cola, e logo a sua tripa começou a dar sinais de que não tinha gostado muito da ideia. Amigo Couto sempre em forma, come uma boa pratada de macarrão preparado pela minha directora desportiva e bem disposto, parte com o já fragilizado KiKo, rumo à ZA3…

É a altura de eu passar de concorrente a assistente e após recomposto, almoçado, e minimamente lavado, partir para a ZA 3 para esperar os sobreviventes. Por esta altura, já emprestava os meus serviços à organização, e trazia um camarada do pedal que acabou também por desistir após perder o cleat do sapato no rio, e havia regressado novamente à ZA2…

Com o pico do calor, chegamos à ZA 3 na Aldeia das Amoreiras, e chega um telefonema do amigo Couto a informar que o KikO se encontrava mal, e que já não conseguia continuar…sucede que o amigo Couto, não tem GPS, e não consegue lidar com o do Kiko…

Sucede que o amigo Couto, ainda tem menos parafusos que eu… e decide arranjar “boleia” com uma dupla de participantes que vinha já algo atrasada…

mai nada @ZA4

mai nada @ZA4

Sucede que temos que despejar o nosso “passageiro”, e entrega-lo aos cuidados da (des)organização… para ir pegar o Kiko e tentar regressar a tempo de assistir o Couto…, feito que conseguimos, e tratamos de motivar o único guerreiro em prova…

Sucede que o amigo Couto se mostra bem mais rápido do que os seus colegas de GPS, e vê-se obrigado a aturar as birras de um deles… sucede que o ritmo ia diminuindo cada vez mais, e foi já na queima que controlaram na última ZA.

Aqui, o amigo Couto apareceu muito bem disposto, e após curto descanso lá partiram para os 40 km finais, com a janela de tempo a encurtar cada vez mais…bem como a luz natural que rapidamente se esgotou… obrigando ao esforço de fazerem longos km com a luz das bikes no meio da escuridão alentejana.

Aqui, também o amigo Kiko, já recuperado, vai repondo os níveis de queijo e vinho alentejanos…e eu durmo …bebo umas minis, e como tremoços…

Garrafa de champagnhe comprada, e bora lá para Zambujeira do Mar, check-in no hotel, banho, jantar a correr, e verdadeiro rali por estradão de terra até à praia do Carvalhal, para apanhar ainda os 3 bravos resistentes, garrafa de champagnhe aberta para dar banho aos guerreiros que chegaram uns minutos antes da meia noite… Absolutamente alucinante!!! Só visto!

Fim de prova!

Fim de prova!

Grande alegria por ver o amigo Couto terminar esta impressionante odisseia, e poder observar uma verdadeira força da natureza, foi uma lição que tão cedo não esquecerei.

Perdoem os leitores, mas o tamanho deste relato tem que ser proporcional à distancia do evento… 😉

Uma palavra final para a organização que teve aspectos positivos, como a qualidade da informação prestada nos guias de prova, e dos acompanhantes, mas, no todo o resto, foi uma grande desilusão, por ser uma coisa tão “fraquinha” que impressiona. É certo que a natureza da prova é bem diversa de uma comum maratona, e que quem participa sozinho deve ir consciente, e preparado para o risco que vai correr, mas fiquei com a sensação de que cada um estava entregue a si próprio. Não havia ninguém a “fechar” o percurso, acho que podiam arranjar motas ou bicicletas…entre ZA’s para acompanhar os últimos, pois alguém sempre estará nesta posição… O homem que estava na ZA2… que abalou sabendo que havia alguém para trás…

A alimentação fornecida pareceu-me escassa, e de recordação trago apenas as memórias vividas e fotografadas, 70 euros gastos na inscrição…, e a escuridão desoladora de quando terminou a prova, bem como a pressa para encerrarem o pano…

Participei, e foi para mim mais uma vitória. Não terminei, mas ficará sempre na memória.

A equipa completa

A equipa completa

Um obrigado especial aos meus companheiros Kiko e Couto! À Sónia e à minha querida directora desportiva, que está sempre onde eu chego, e sempre para onde vou…

Registos do meio EOX… 😉

O percurso  óptimo para a família… no .

O meu registo

Fotos no 

Altimetria:

Meio EOX240 15-06-2013, Elevação - Distância


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A rota do Mineiro…

Era uma vez… num reino distante… onde durante muitos anos… a força indómita de gerações de homens de coragem extraiu das entranhas da terra o sustento seu, e o dos seus, à custa de sangue suor e lágrimas derramados na vizinhança do rio Tuela, e que me vieram encontrar na roleta desta vida…

Minas do mineiro....

Minas do mineiro….

O reino chamado Ervedosa, continua ainda hoje com a coragem herdada dos seus antepassados, intacta, e redobrada, e coloca no terreno ano após ano o meu evento de BTT favorito.

Assim sendo, suspeito que sou, digo que a cada ano que passa existe sempre algo que me marca, e me obriga a lá marcar presença.

Este ano, o clima prometia complicar, pois tudo indicava que a chuva também queria participar no evento. Apareceu apenas o frio, e em força.

Bora lá!

Bora lá!

Apareceu também um convidado especial que consegui convencer a pedalar por terras transmontanas, um confirmado icone do btt nacional,  o Couto da Ecobike, sendo que são já poucos os praticantes de btt, que ainda não se cruzaram com ele, por trilhos deste pais. Tenho a certeza que adorou a experiência, pese embora o facto de ter andado durante todo o percurso entretido em “picanços” com o pessoal dali… Também apreciou bastante o almoço… 😉

O dream tem da Edrosa ;-) + a Ecobike

O dream team da Edrosa 😉 + a Ecobike

Prova da vitalidade do BTT, verifico com alegria também a formação do “dream team” da Edrosa em BTT… O ZeNiGhT e a Marlene!, que está em crescendo de forma, e que em breve se vai tornar um caso sério na modalidade.

sai da frente... Guedes.. ;-)

sai da frente… Guedes.. 😉

Escolhi este ano o percurso da meia maratona, para ir ganhando forma para o grande desafio que se aproxima a passos largos. Percurso uma vez mais espectacular, logo com uma descida bem rapidinha no início, e depois quase só “descidas” até lá CIMA… terminando-se em beleza com uma contagem de 3.ª categoria, tipo “tour de france”….

Contando também para o Open regional de maratonas da ACB, a Ervedosa recebeu um leque alargado de bons atletas que disputam aquele troféu com grande empenho. O super Leonardo Lico, venceu uma vez mais a meia maratona, e já bebia uns finos na zona da meta quando eu terminei com quase 3 horas de empeno.

Na maratona, não consegui ver quem ganhou…. passou muito rápido por mim a 3 ou 4 km do final…. vi o meu amigo Ovidio Linhas, do BTT Ervedosa a subir a “motor” a última rampa, e sei que terminou em 3.º. Grandes atletas!

venha 2014!!!

venha 2014!!!

A simpatia daquela gente, o carinho com que nos recebem, o almoço que preparam, javali, galo, e vitela, merece ser registado, e merece mais ainda, uma visita, para poderem atestar por si a riqueza ali existente.

Uma vez mais o agradecimento sincero, ao BTT Ervedosa, e ao homem de Ferro 😉 que conseguem colocar aquele evento no terreno com uma classe fora do comum. Obrigado!

Os meus registos:

Ficam os meus registos:

O meu registo .

O percurso  no .

Altimetria:

só subidas...

só subidas…


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A divina loucura…

Finalmente a remover  as teias de aranha deste blogue…

Ainda recuperando de uma arreliadora lesão no tornozelo, que já desde Março me tem impedido de pedalar por este jardim plantado à beira mar, regresso para deixar umas impressões sobre mais uma participação do GandaMalhos BTT.

CamelBack à frente...

CamelBack à frente…

Local escolhido para o regresso às lides ciclistas foi Bragança,  o evento foi a I Maratona das Cantarinhas, organizada pelo Velo Clube de Bragança, mais uma associação de boas vontades que se une para promover o ciclismo e um  estilo de vida saudável por terras transmontanas.

Num dia de céu limpo e temperatura amena, que tornou tudo ainda mais perfeito para pedalar, e após os habituais preparativos, lá saiu o compacto pelotón de betetistas para atacar um percurso espectacular nas imediações de Bragança.

Boa disposição

Boa disposição na 1.ª subida

Não posso deixar de afirmar que se trata da minha zona de eleição para pedalar, pois gosto mesmo daquele enquadramento paisagístico e do terreno, e podendo ser suspeito, são mesmo momentos de rara beleza os que se vivem em cima de uma bicicleta, em terras transmontanas.

O Velo Clube escolheu um percurso bem durinho para os atletas, (fiz a meia maratona com perto de 1000 m +) mas sempre ciclável, engalanado de paisagens de cortar a respiração, muitíssimo bem marcado, com muitos fotógrafos pelo caminho, e com um abastecimento de se lhe tirar o chapéu. Excelente trabalho do Velo Clube, mesmo sendo o primeiro evento organizado que puseram no terreno.

Ficará, no entanto, na minha memória por muito tempo a descida desde a serra de Nogueira até Bragança como um dos troços de BTT mais espectaculares que fiz até hoje. Não sei se foi das saudades de andar de bicicleta, mas foi mesmo a divina loucura percorrer aqueles quase 10 km de “gás à tábua”, onde o coração batia quase tanto como se de uma subida se tratasse. Muita adrenalina e prazer, e o pé magoado também gostou da tareia, só se manifestando no final. Fantástico!

Muito fixe...sim senhor

Muito fixe…sim senhor

Uma palavra também para a Associação de Ciclismo de Bragança, que patrocina a realização de um Open Regional de maratonas XCM/Ecopark Azibo, que rivaliza e supera em qualidade algumas organizações de eventos congéneres,  designadamente algumas perto de grandes cidades deste país… Um dos exemplos que posso aqui referir é o facto que me chamou a atenção, de que os controlos de passagem dos atletas são marcados numa pulseira fornecida ao atleta na partida e que no final é cortada para verificação individual.

Com um leque de promissores atletas que voam baixinho, é uma prova que merece ter mais visibilidade para trazer mais “tubarões” e atletas de lazer de outras zonas, para poderem apreciar o que de melhor se vai fazendo neste país em termos de BTT.

A divina loucura segue agora para Ervedosa, na Rota do Mineiro, a minha favorita desde há 4 anos.

Ficam os meus registos:

O meu registo .

O percurso  no .


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Vieira do Minho é Hard Core BTT!

Neste tempo de luta contra as malfeitorias que um grupo de jovens imberbes e imbecis a cheirar a leite, vai fazendo no comando deste país, resta pouca moral para escrever relatos de BTT.

Unindo rebanhos...

Unindo rebanhos…

No entanto, não podia deixar aqui as minhas impressões sobre um passeio que se tornou num daqueles ‘obrigatórios’ para mim.

Rota do Fumeiro. Local: Vieira do Minho.

pausa...

pausa…

Terceira vez nos passeios da Pedalar Vieira e sempre por novos caminhos, sempre espectaculares e desafiantes. Até onde irá a audácia deste pessoal?

Passeio curto, mas super intenso, com grau de dificuldade técnica elevado para o meu quase meio século de vida, mas que mal acaba, dá-me aquela sensação especial de se ter conseguido superar uma grande aventura.

Foto MK Makinas

Foto MK Makinas

Ambiente descontraído na partida, onde pude trocar breves impressões com o General Freedy, e companheiros do MK MAKINAS, mentores de um dos mais famosos eventos de btt de Portugal, e que fizeram uma grande deslocação, desde Tábua, para conhecer os trilhos de Vieira e ver se os “discípulos”  da Pedalar Vieira cumpriam. Oportunidade também de conversar com amigos da ADRChorense, que também organizam um passeio fantástico no Gerês, Terras do Bouro, onde já fui muito feliz….em cima da bicicleta… e não só…

sai da frente ... guedes...

Sai da frente … Guedes…!

Durante o percurso amena cavaqueira com amigos e atletas da  terra onde resido.

Tudo muito bem marcado, bom reforço, singletracks até dizer BASTA!, uma combinação de ingredientes perfeita, para um dia fantástico.

Apenas não participei no almoço promovido pela organização porque tenho uma “avença” no restaurante Arijal, que teima em me atestar de comida boa sempre que me desloco a Vieira do Minho, repondo logo as calorias perdidas com o esforço do passeio.

Mais um grande dia de bicicletas, e a promessa de regressar a Vieira assim que lá houver BTT organizado pela Pedalar Vieira.

Fim de festa

Fim de festa

Fica para a posteridade um vídeo realizado por betetistas da casa do pessoal da RTP, que mostra das partes mais aliciantes do passeio, chamo a particular atenção aos primeiros minutos, (minuto 1:30 até 4:20) onde apanhei um dos maiores sustos da minha vida… A ravina do lado esquerdo era absolutamente impressionante!

O gráfico da ordem:

Altimetria

As fotos possíveis no .

O meu registo .

O percurso  no .

FUI!


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Hiper, Mega, Giga … empeno de inverno…

Que melhor abertura de hostilidades no BTT para este ano de 2013, poderia ter sido escolhida?

– O X Passeio de Inverno dos Bilabikers!

Boa disposição

1.ª partida do ano 2013…

Pelo 3.º ano a marcar presença nos eventos dos Bilabikers, lá tomei rumo para Vila Real aos primeiros raios de sol do dia que prometia ser frio e sem chuva.  Quanto ao frio, confirmou-se, quanto à chuva houve sim, mas de dificuldades…

Com a partida concentrada bem no centro da cidade de Vila Real, ao contrário de anos anteriores, onde se saia da aldeia de  Campeã, ou lá perto, o percurso teria de estender-se pelo parque natural do Alvão, uma vez que o Marão estava um pouco mais distante.

Altimetria X Passeio de Inverno

Altimetria X Passeio de Inverno

O gráfico de altimetria prometia dureza, e a promessa foi cumprida em triplo… aos 26 km já se tinham esgotado mais de 1000 metros de subida acumulada… 😯

Subindo...

Subindo…

Percurso muito exigente e técnico, que fez com que o meu kit de pernas gripasse logo após o excelente reabastecimento proporcionado pelo BilaBikers… Nem as belas bifanas, alheira e chouriço assado me valeram…

As câimbras apareceram sem ameaçar, e nem… nem… (nem a pé… nem de bike…) Depois disto restou ter paciência e ligar o modo de espírito de sacrifício que só um betetista tem, para conseguir terminar completamente exausto os 43 km do passeio.

Paisagem

Paisagem

Quanto ao mais, ficam na memória as fantásticas paisagens do Alvão, a excelente marcação do percurso, o abastecimento impecável, a dureza do percurso e as excelentes condições que os Bilabikers colocaram ao dispor dos atletas, com uma organização sem reparos.

Para o ano, fico com umas contas a ajustar com o Alvão…

As fotos possíveis no .

O meu registo .

O percurso  no .


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Beselga, o regresso do prazer em pedalar…

Atravessando este deserto conjuntural em que vivemos, por força da cada vez maior escassez de rendimento disponível, da crescente crispação entre pessoas, do clima de desalento que se vai instalando, acabam por restar poucos motivos para se poder sorrir.
E no particular caso deste que vos escreve, também a desmotivação vem percorrendo o seu caminho, levando a um completo alheamento de tudo o relacionado com as bikes, desde o pedalar até ao desinteresse sobre notícias, fóruns, enfim, uma fase negra, bem escura…

Até que… Beselga aparece…

Tendo estado quase a cancelar a minha participação, pois a motivação já conheceu melhores dias, decidi , ainda assim regularizar a inscrição e rumar em  direcção a Beselga.

Evitando auto estradas, o que me levou novamente até terras do Douro, por Peso da Régua, Armamar, Moimenta da Beira, e Freixinho, local escolhido para pernoitar. Esta “fuga” às portagens acaba por ser gratificante, pois acabamos por nos familiarizar com o nosso país de uma forma bem mais atractiva, se compararmos com rails, separadores centrais, e esporádicas áreas de serviço…

A foto matinal da ordem…

E que dizer? Já se me esgotam as ideias para tentar descrever a alegria que sinto quando pedalo por aquelas terras. Tenho a estranha sensação de que por um qualquer motivo, ali já pertenci…

Pelo 3.º ano consecutivo, {(2010, 2011) meu recorde de participações completas no mesmo evento} lá compareci, com o estado de espírito desanuviado e tranquilo para mais um evento.

Novidade foi o facto de o GPS ter dado o “badagaio”, e se ter recusado a trabalhar, fruto talvez do abandono a que foi votado nestes últimos tempos.  Assim, ia fazer a prova sem qualquer informação sobre distância, velocidade, tempo, relevo, etc,  facto que ao invés de me perturbar, acabou por dar ainda uma maior tranquilidade, e assumir o passeio na sua plenitude.

Bora lá!

Assim, em dia de sol limpo, e com o frio como convidado de honra, pois quando cheguei à Beselga, o termómetro acusava apenas 4º, e após realizadas as habituais verificações de ar e lubrificante, foi tempo de ingressar na cauda do extenso pelotão de ciclistas que compareceram à chamada. ( muito perto de 600…)

Depois, vem a inexplicável sensação de prazer que desde logo se começa a sentir ao entrar naqueles trilhos companheiros de uma paisagem que nos penetra a alma, ainda encharcados, por força das chuvas que os visitaram nos dias anteriores.

(Vídeo feito por colega do pedal do BTT Foz Côa)

Repetindo uma das mais espectaculares subidas em BTT que conheço, a subida às eólicas, de uma serra que desconheço o nome, e onde se pode ir avistando uma enorme fila colorida de ciclistas que se estende por quase toda a sua extensão, separados apenas pela força que as pernas transmitem a cada um…

Espectáculo digno de ser visto, mesmo por mim, que uso graduação nos óculos quase severa…

Foto by Paulo Ministro

Novos trilhos que nos fazem sentir verdadeiros pilotos de BTT, onde o sentimento de prazer se vai prolongando minuto após minuto, e a adrenalina se torna rainha, mas uma rainha tranquila,  onde as emoções transmitidas fluem naturalmente sem sobressaltos.

A maratona da Beselga, também presenteia os participantes com uma faustosa reposição das energias gastas durante e após o esforço…

Pude, durante o passeio “refundar” as calorias gastas no esforço com um vasto leque de escolhas, que iam desde bolos, barras, frutas, agua e sumos, e após, com o mítico almoço, com as famosas “entradas” que me atestam as medidas. Nutricionalmente pouco aconselháveis, mas imensamente saborosas, constam de bola de carne, bolinhos de bacalhau, rissóis, chouriço assado, castanhas e a famosa feijoada com feijões XL …, vinho… (bom), cerveja à discrição e sumos, resumindo… perfeito!

Uma palavra também para o melhor balneário que conheço, no complexo de piscinas de Penedono (a 6 km da Beselga) que oferece condições sem paralelo em eventos de BTT que frequento. Cabines INDIVIDUAIS!!!  num complexo com umas condições verdadeiramente espectaculares, a merecer visita fora do âmbito ciclístico.
Neste particular, também tomei conhecimento que fizeram melhoramentos nos balneários que já existiam na Beselga, tornando-os mais funcionais.

E, como já vai longa a palestra, cabe aqui terminar, com um agradecimento especial à Associação Beselguense, por ter “salvo” um candidato a betetista, recuperando-lhe a motivação por mais algum tempo, pelo menos por mais um ano, para nos voltarmos a encontrar em 2013…

Classificações AQUI.

Rescaldo no Forum BTT AQUI.

Desta vez não tenho aqueles habituais registos XPTO’s de tracks e gráficos, e esforço cardíaco, porque… não tive meios para os recolher, mas sempre fica a gravação feita pelo Nokia… ;-):

As  fotos possíveis no


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Até ao lavar dos cestos…

Vai com algum atraso, a divulgação de mais um excelente vídeo que o Mr Rampinhas fez no Passeio das Vindimas na Folgosa do Douro.

As imagens captadas conseguem traduzir na perfeição o que por lá se passou.

É sempre uma sorte ter o Mr Rampinhas naqueles passeios onde se vai…. 😉

Fiquem bem!


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BTT ”D’ Ouro” na Folgosa…

Decorreu no passado fim de semana em Folgosa do Douro, a prova que decidia os campeões de BTT  masculino  e femininos das associações de ciclismo de Bragança e de Vila Real;

O Campeonato XCM de Trás os Montes e Alto Douro.

O palco escolhido foi a localidade de Folgosa, cuja associação recreativa já organiza um Passeio BTT de há 8 anos para cá, sempre com boas referências.

Paragem para foto da KTM…

Em pleno Douro Internacional, e já com os betetistas abraçados pela espectacular paisagem que ali reside, embora incomodada às primeiras horas da manhã por uma chuva intensa que pretendia estragar o desenrolar das duas provas previstas; a do campeonato XCM e a de um passeio, cuja dureza parecia comum, embora com distâncias diferentes, dei início às hostilidades…

Cedo percebi que por ali só havia duas situações: Ora subidas, ora subidas ainda maiores…, com inclinações absolutamente aterradoras para as minhas pernas…

Verifiquei via GPS, pelo menos 0,8 km com 22% de inclinação média, até o dito ”inclinómetro” deixar de contar…

Cedo, também verifiquei que a KTM trazia um “problema sério” no pedaleiro e nos rolamentos das rodas, que a ”impediam” de funcionar com o mínimo de força e cadência necessárias para tornar a coisa divertida…

Assim, conformado, lá fui a um ritmo bem lento até ao fim de uma subida inicial de 11 km, que terminou em Armamar, onde pude repor energias, e tomar a decisão de alterar o rumo para um passeio mais pequeno…

Dali, até ao porto de honra foi tudo bem mais calmo, com duas paragens para fotos, e após dois deliciosos copos de porto 😉 , passou-se tudo muito mais rápido e emocionante até ao final, acabando o dia com 30 e poucos km de BTT  “D ouro”… e com os travões completamente nas ”lonas…”

Paragem para foto do zenight… (simpatia de colega do pedal…)

Tive alguns problemas no registo GPS,  pois houve partes em que o mesmo esteve acidentalmente parado, pelo que o gráfico apresentado não reproduz com fidelidade o percurso efectuado.

De uma forma geral, gostei da organização, que proporcionou um percurso muito exigente, com marcações suficientes, abundantes reforços, com vinho do porto e tudo… 😉 , almoço muito bom, à moda da Beselga, com umas entradas espectaculares, que tiravam o apetite para o almoço em si… Os resultados também foram disponibilizados, creio que ainda no dia da prova.

Entradas para o almoço…

Gostei muito de fazer turismo por ali, onde um espectacular (e económico!) jantar muito bem regado no Pinhão a 15 km da Folgosa mereceu nota de destaque, e ainda a simpatia e conforto registados na Quinta da Azenha, local onde pernoitei a 500 m da partida… 🙂

Cabe também fazer aqui uma referência aos atletas que levam o BTT a sério, e que vão tornando esta modalidade num caso de sucesso cada vez maior.

Assim, o vencedor da maratona masculina foi o atleta sub23, Carlos Leal,  que completou aquele exigente percurso da maratona  em apenas 3 horas, (!!!)  e a vencedora feminina foi a atleta Márcia Salvador.

Troféus e camisolas para os campeões

Fica AQUI a lista dos restantes consagrados.

Fica também o relato de mais uma bela jornada de BTT.
FUI!
As  fotos possíveis no


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Mais BTT em Trás os Montes!

Vilar do Monte, freguesia do concelho de Macedo de Cavaleiros continua em grande forma e recebeu pela 10.ª vez consecutiva um conjunto bem razoável de betetistas que ali se deslocaram para pedalar naquela bonita região.

O dia de Outono limpo e relativamente fresco, prometia uma agradável jornada do pedal.
O programa constava de uma Maratona de 67 km a contar para o Open de Maratonas da A. Ciclismo de Bragança, com + de 2000 de acumulado de subidas, que prometia dureza, que se veio a verificar, pois foram unânimes os comentários que recolhi no final quanto à dureza do percurso

1.ªs pedaladas…

Disponíveis também percursos menores, e ainda um passeio pedestre para acompanhantes.
O relevo circundante a Vilar do Monte, impõe que a prova tenha sempre uma parte inicial bem “rolante”, onde o ritmo é sempre muito vivo, antes de se iniciarem as dificuldades da subida às alturas da Serra de Bornes. Para quem pode, esta dura subida acaba por ser atenuada pela espectacular paisagem que se vai desfrutando ao longo do seu percurso, ora por atravessar autênticos túneis de vegetação, onde já nem o sol consegue penetrar, ora pela impressionante extensão de terra transmontana que se consegue avistar a partir dos seus pontos mais altos. Verdadeiramente belo!

Paisagens

Diferente do ano passado, foi o facto de não haver uma única fita a marcar o percurso… usando-se apenas placas e cal no chão. Ousado esquema, mas que ali, fruto do imenso trabalho, resulta na perfeição, com a totalidade no percurso marcado de forma irrepreensível.
Acresce ainda o facto de que terminada a maratona, não fica nem uma placa de sinalização no percurso, facto que pude constatar…

Ainda comparando com o ano passado, apenas senti falta de um “single track” espectacular que houve no início da maratona de 2011, quanto ao mais tudo 5 estrelas.

Subindo…

E senti também a falta de terminar a prova… Mais uma desistência! Desta vez por motivo de rasgo no pneu traseiro, já após ter feito toda a imensa subida ao cimo de Bornes. A tecnologia para desmontar a válvula tubeless não foi muito amigável para mim, pois não a consegui retirar para colocar uma câmara normal, pelo que acabei por cortar a meta a bordo do carro de bombeiros que fechava o percurso.

Primeira vez que tal sucede, mas também uma experiência bem radical, pois viajar de pick-up no ambiente natural do BTT, garanto que trás mesmo muita adrenalina…
Com o orgulho ferido… 😦 , e com umas mazelas feias no quadro da KTM, lá terminei mais uma jornada com 50 km de excelente BTT, junto de pessoas bem simpáticas, num ambiente muito acolhedor, que “obriga” a lá regressar uma vez mais em 2013.

Parabéns à Vimont, pois consegue organizar um excelente evento de BTT, mesmo com as limitações que uma localidade com pouco mais de 100 habitantes tem.
Quanto a mim: Melhores dias virão….!
Classificações (provisórias) da maratona…

As (poucas) fotos possíveis no

O meu registo

O percurso (incompleto…) no .


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Maratona de outono…

A maratona BTT dos 5 cumes, organizada pelos Amigos da Montanha de Barcelos, é por muitos considerada a melhor maratona BTT do outono realizada na zona norte, e sem dúvida que será o evento que possivelmente mais praticantes arrasta. (talvez ao mesmo nível do luso-galaico ou da maratona da Póvoa, onde nuca participei…)

Sem se ver o fim…

Desde o ano de 2009 que ali vou, e tem sido sempre em crescendo o n.º de participantes, mesmo nestes tempos de crise económica.
Desde a edição do ano passado, como eventual reconhecimento da sempre boa organização, esta maratona passou a fazer parte do calendário da Taça de Portugal de maratonas XCM.

Partida …

No passado domingo não foi excepção, e compareceram à chamada no total, cerca de 3000 praticantes entre federados e participantes na categoria de promoção.
E acaba por ser realmente um espectáculo gigantesco toda a animação que tão grande número de participantes traz a um evento desportivo. Pena que o tempo não tenha ajudado, pois na madrugada anterior desabou um temporal de chuva e vento que rapidamente saturou o solo, adicionando a lama às dificuldades do percurso desenhado pelos Amigos da Montanha.

Não deixa de ser muito interessante verificar que o n.º de praticantes de ciclismo, e de BTT em particular, não pára de aumentar.
No que diz respeito à minha participação, e apenas para memória, não há nada de especial a reportar. Inscrito na taça de Portugal de maratonas XCM, pretendia completar esta etapa a andar a cerca de 15 km/h de média, o que daria um tempo final de perto das 6 horas para completar os cerca de 80 km que tinha o percurso.

O que se pode arranjar…

Ora como se verificou logo na partida que decorreu debaixo de um “chuveiro” refrescante, imaginei que tal desiderato se tornaria muito difícil de realizar, pois logo na entrada em trilho pude observar que o piso estava bem mais agreste de que o habitual ali em Barcelos.
Assim, fui pedalando com a disponibilidade possível, por vezes debaixo de grandes cargas de agua, sempre com o piso muito difícil, por força da lama, e da água acumulada, que fazia umas piscina bem interessantes.

Ainda assim pude achar divertida a subida ao 2.º cume, que serpenteava o monte pelo meio de pinheiros, sempre com boas inclinações, e também a respectiva descida que levava até à Zona de Abastecimento 2 onde acabei por terminar a minha participação. Nesta altura a média que trazia estava abaixo dos desejados 15 km/h, os travões começavam a dar sinais de desgaste, e a vontade de continuar não era muita…

Final do 5 cumes 2012.

Assim, a maratona BTT dos 5 cumes, para mim resumiu-se a um pequeno treino no monte com 40 km. Como regressei ao estádio de Barcelos ainda cedo, ainda tive a sorte de tomar um retemperador duche de agua quente, e de seguir após para um belo de um cabrito assado no forno, já no centro da cidade de Barcelos.

Para o pessoal que anda a sério, Rúben Almeida venceu a prova cumprindo os 85 quilómetros da corrida masculina em 3h42m46s, deixando o mais directo concorrente, José Rodrigues (Vitória SC/Bike World), a 50 segundos. Nelson Sousa (Amigos da Montanha/Bike Space/Ledechem) foi o terceiro, a 2m34s.

Entre as mulheres, Marju Kiwi completou os 75 quilómetros em 4h28m34s, batendo por larga margem as adversárias mais próximas. Mónica Magro (Saertex Portugal/Bicicletas Lavarinhas) foi a segunda classificada, a 4m51s, e Lia Seabra (Galitos/Ciclismo 1904-Slowdown) foi a terceira, a 4m52s.

CLASSIFICAÇÕES (Federados)

Para o ano, há mais….
Ficam os habituais dados.
FUI!
As (poucas) fotos possíveis no

O meu registo

O percurso (incompleto…) no .